"Maid", as contradições do Estado Social


Foi precisamente por causa desta mini-série da Netflix e do artigo que a ela se refere no The Guardian que recordei o post anterior e decidi republica-lo.
Resultante da adaptaçao de um best-seller de 2019 relata o calvário de uma jovem mãe para se salvar a si própria e à filha com 2 anos, de um ciclo esmagador de abuso emocional traduzido em maus-tratos de cariz  psicológico.
"Sem tecto e completamente só, Alex (Margaret Qualley) vê-se confrontada com as contradições de uma burocracia opaca e impenetrável.
Não consegue ter acesso a creches subsidiadas se não tiver um emprego e, simultâneamente, não pode arranjar um emprego sem o apoio de uma creche onde possa deixar a filha.
Entretanto não compreende porque as colocam numa casa de acolhimento para mães vítimas de violência doméstica, uma vez que o abuso de que têm sido vítimas é de natureza emocional e não físico.
Consegue arranjar um emprego na área das limpezas, mas só pode trabalhar um limitado número de horas de forma a poder candidatar-se ao apoio do Estado.
Mais opressiva do que todas as circunstâncias em que se encontra é a enorme vergonha que sente por se encontrar naquela situação ..."

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