Tal desconforto tem levado a uma inusitada saída de trabalhadores nas diferentes superfícies e por todo o país constituindo um problema para a própria empresa que, não tendo capacidade para segurar os seus trabalhadores e estabilizar as suas equipas se vê a braços com uma penúria de colaboradores situação esta que, indubitavelmente, interferirá e afectará o seu normal funcionamento.
Tendo em conta a filosofia empresarial vigente, o destaque dado aos colaboradores com licenciaturas, independentemente das suas capacidades individuais, aptidões específicas, experiência e espírito de iniciativa e os critérios de admissão que os acompanham acabam, necessariamente, por se repercutir na organização do Trabalho e no funcionamento das equipas.
Salvo raras e notórias excepções esta empresa carece de lideranças capazes, empenhadas, esclarecidas, experientes e genuinamente empáticas, que saibam ler para além da cartilha, não ignorando e retirando valor ao que e a quem deveria ser valorizado, genuinamente estimulado (não ludibriado!) e acarinhado.
A quem está de fora e conhece os dificílimos processos de candidatura de jovens licenciados a empresas de renome internacional, é legítimo questionar se este corpo de aspirantes a postos de chefia (licenciados e mestres) não será constituído, apenas, por gente medíocre, incompetente, que não sobreviveria ao escrutínio e critérios de admissão de outro tipo de empresas de cariz internacional exigentes, sofisticadas e com targets bem definidos ...
Adepta que sou da cultura e princípios laborais anglo-saxónicos e concentrada no tipo de queixas e de relatos coincidentes que ia ouvindo, comecei a visualizar um padrão comportamental de política empresarial que, atendendo ao arcaísmo de que estava imbuído suscitou em mim a curiosidade de fazer uma pesquisa sobre quais os países em que estava implantada para além de França (o seu país de origem) e de Portugal.
Por estranho que pareça (facto que aparenta ser altamente esclarecedor!...) para além dos países anteriormente mencionados, a Auchan só está implantada no Luxemburgo e em Espanha (Europa Ocidental), na Rússia, Ucrânia, Polónia, Hungria, Roménia (Leste Europeu) e no Senegal (África)!...
Totalmente ausente, por conseguinte, nos países anglo-saxónicos e do Norte da Europa!...
Não presente em países desenvolvidos, que valorizam o Trabalho, a mão-de-obra e que estimulam e premeiam a produtividade.
A FUNDAÇÃO: APOIO ASSISTENCIAL, UMA VISÃO TÃO ARCAICA COMO DISTORCIDA
Necessitando de justificar a sua existência e continuidade perante o Estado Português dedica-se, entre outras actividades, a apoiar os colaboradores mais necessitados, algo que colide com os direitos dos próprios trabalhadores caso se verificassem as seguintes condições:
- inclusão de categorias que não a básica (operador) correspondentes a funções e actividades de grande responsabilidade diariamente realizadas e auditadas.
A FALÁCIA NO RECRUTAMENTO:
Precisamos muito de inovação, de criatividade, de imaginação, de eficiência, de experiência, de um grande respeito por aqueles que trabalham, se esforçam e progridem independentemente das suas habilitações académicas=canudos.
As primeiras, adquirem-se (com maior ou menor esforço); mas a Inteligência é inata e sem ela não há evolução possível.