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A batata está na linha da frente da luta contra a fome e a pobreza no mundo»
Jacques Diouf (Director Geral da FAO em 2008)
2008 - Ano Internacional da Batata (FAO) - UN
«A escolha de 2008 como "Ano Internacional da Batata" teve como objectivo, reforçar a sensibilização para a importância da batata enquanto alimento a promover nos países em vias de desenvolvimento, e implementar a pesquisa e desenvolvimento de sistemas baseados na cultura da batata, como forma de contribuir para a concretização dos "Objectivos do Milénio", orientados para o desenvolvimento.
Face ao aumento galopante dos preços dos produtos alimentares, no mercado mundial, relacionado com a concorrência feroz resultante da escassez de trigo, milho, arroz e outros produtos agrícolas, temiam-se as piores consequências.
O risco de penúria alimentar e consequente instabilidade por parte de dezenas de países de fracos recursos económicos, sendo uma realidade preocupante, levou à necessidade de se procurarem alternativas credíveis.
A atenção recaiu, então, sobre a ancestral cultura da batata, enquanto meio de resolução dos problemas capaz de fazer frente à inflação dos preços dos produtos alimentares.
A batata desempenha um papel fundamental no sistema alimentar mundial. É o principal produto alimentar não cerealífero do mundo e a sua produção mundial atingiu o número record de 320 milhões de toneladas em 2007.
Nos países desenvolvidos, o consumo de batatas tem aumentado consideravelmente e representa mais de metade da colheita mundial.
Sendo fácil de cultivar e de elevado teor energético, considera-se que seja uma cultura comercial preciosa para milhões de agricultores.
Entretanto, contrariamente aos principais cereais, a batata não é comercializada no mercado mundial. Só uma ínfima parte da sua produção integra o comércio exterior e o seu preço depende, regra geral, dos custos de produção locais não estando, assim, sujeito às flutuações dos preços dos mercados internacionais.
É, por isso, uma cultura vivamente recomendada enquanto produção que, permitindo alguma segurança alimentar pode, igualmente, ajudar os agricultores de baixos rendimentos e os consumidores mais vulneráveis a ultrapassar a actual crise de oferta e procura mundial de alimentos…»
Potato.org
Tradução e adaptação
Maria M. Abreu