Anne Renouard Artwork

 

    "Dites-le avec des fleurs..."
    Anne Renouard FB

 

     "Noooooon ... Je ne veux pas retourner à l´école"
     Anne Renouard FB

Crianças, Regras de Segurança na Internet

Campanha de Alerta contra o Abuso Emocional das Crianças

Com o objectivo de alertar para os efeitos perniciosos do abuso emocional, o ISPCC produziu este trabalho, lançando a campanha 'Children believe what they are told'.

"A menina que intervem no vídeo, sintetiza as muitas histórias que diariamente ouvimos, contadas pelas crianças com as quais lidamos, que experienciam sentimentos de inutilidade e que se sentem mal amadas ao ponto de acharem que não merecem ser felizes."

Transcript:
"I’m a stupid little bitch.
I should shut up moaning when I’m left on me own at night.
I’m fat and ugly and useless.
I cry like a baby when I’m slapped
I’m horrible to have around.
I don’t deserve to have any friends.
I never do anything right.

I’m not just a stupid little bitch. 

I’m a nobody."

Aquilo que dizemos às crianças é, diariamente, interiorizado por elas.
Este clip irlandês de 30 seg., extraordinariamente bem concebido, alerta para o sofrimento vivido e sentido por tantas e tantas crianças no seio das suas famílias.
Defende que, enquanto sociedade, temos a obrigação de proteger as crianças dos malefícios e abusos que deixarão marcas profundas no decurso das suas vidas, enquanto adultos.
É um alerta que merece ser partilhado e reflectido.

Filhos melhores para o Planeta

Children SEE. Children Do

Interessante video que alerta para a necessidade e cuidados que devemos ter com os nossos comportamentos e atitudes na presença de crianças. 

O facto de seguirem o exemplo de quem lhes está mais próximo - pais e educadores - implica uma profunda e contínua consciencialização (tantas vezes difícil de pôr em prática!) sobre a influência da nossa forma de estar e agir, diante dos nossos filhos.

Perigos da Internet, A história de Susana

"Após deixar os livros no sofá, ela decidiu lanchar e entrar online.
Assim, ligou-se com o seu nome de código(nick): Docinho14.
Procurou na sua lista de amigos e viu que Meteoro123 estava ligado.
Enviou-lhe uma mensagem instantânea:
Docinho14: Oi. Que sorte estares aí! Pensei que alguém me seguia na rua, hoje. Foi mesmo esquisito!
Meteoro123: Lol. Vês muita TV. Por que razão alguém te seguiria? Não moras num local seguro da cidade?

Docinho14: Concerteza, lol. Acho que imaginei isso porque não vi ninguém quando me virei.

Meteoro123: A menos que tenhas dado o teu nome online... Não fizeste isso, pois não?

Docinho14: Claro que não. Não sou idiota, já sabes.
Meteoro123: Jogaste volei depois das aulas, hoje?
Docinho14: Sim e ganhámos!
Meteoro123: Óptimo! Contra quem?
Docinho14: Contra as Vespas do Colégio da Sagrada Família, lol. Os uniformes delas são um nojo! Pareciam abelhas. LOL
Meteoro123: Como se chama a tua equipa?
Docinho14: Somos os Gatos das Botas. Temos garras de tigres nos uniformes. São impecáveis.
Meteoro123: Jogas ao ataque?
Docinho14: Não, jogo à defesa. Olha, tenho que ir. Tenho que fazer os TPC antes que cheguem os meus pais...Xau!
Meteoro123: Falamos mais tarde. Xau

Entretanto, Meteoro123 foi à lista de contactos e começou a pesquisar o perfil dela.
Quando apareceu, copiou-o e imprimiu-o. Pegou na caneta e anotou o que sabia sobre Docinho14, até agora:
Nome: Susana
Aniversário: Janeiro 3, 1993
Idade: 13 anos
Cidade onde vive: Porto
Passatempos: Volei, Inglês, Natação e passear pelas lojas.
Além desta informação, sabia que vivia no centro da cidade, porque lho tinha contado recentemente.
Sabia que estava sozinha até as 6.30 todas as tardes, até que os pais voltassem do trabalho.
Sabia que jogava Volei às quintas-feiras, de tarde, com a equipa do Colégio - os Gatos das Botas.
O seu número favorito, o 4, estava estampado na camisola.
Sabia que estava no 8º ano, no Colégio da Imaculada Conceição.
ELA TINHA CONTADO TUDO EM CONVERSAS ONLINE...
AGORA, TINHA INFORMAÇÃO SUFICIENTE PARA ENCONTRÁ-LA!!!
Susana não falou aos pais sobre o incidente ao voltar do parque.
Não queria que ralhassem com ela e a impedissem de voltar dos jogos de Volei, a pé.
Os pais exageram sempre e, os seus, eram terríveis.
Ela teria gostado de não ser filha única!
Se tivesse tido irmãos , provavelmente, os pais não seriam tão superprotectores.
Na quinta-feira seguinte, Susana já se tinha esquecido de que alguém a seguira.
O seu jogo decorria normalmente quando, de repente, sentiu que alguém a observava.
Então lembrou-se...Olhou, e viu que um homem a observava de perto.
Estava inclinado contra a cerca, na arquibancada, e sorriu quando percebeu que ela tinha reparado nele.
Não parecia ser alguém a quem temer e, rapidamente, desapareceu o medo que sentira.
Depois do jogo, ele sentou-se num dos bancos enquanto ela falava com o treinador.
Ela apercebeu-se do seu sorriso, mais uma vez, quando passou ao seu lado.
Ele acenou com a cabeça e ela devolveu-lhe o sorriso. Ele confirmou o seu nome nas costas da camisola...
SABIA QUE A TINHA ENCONTRADO!
Silenciosamente, caminhou atrás dela, guardando uma certa distância. Eram só uns quarteirões até chegar a sua casa... Quando viu onde morava, voltou ao parque e entrou no carro.
Agora tinha que esperar... Decidiu comer algo, até chegar a hora de ir a casa da menina.
Foi a um café e sentou-se.
Mais tarde, nessa noite, Susana ouviu vozes na sala.
- Susana, vem cá! - chamou o seu pai.
Parecia perturbado, e ela não imaginava porquê.
Entrou na sala e viu o homem do parque, sentado no sofá.
- Senta-te aí - disse-lhe o pai - este senhor acaba de nos contar uma história muito interessante sobre ti.
Susana sentou-se. Como poderia ele contar-lhes alguma coisa a seu respeito?... Nunca o tinha visto, a não ser nesse dia!...
- Sabes quem sou? - perguntou o homem
- Não - respondeu Susana
- Sou polícia e teu amigo do Messenger - Meteoro123
Susana ficou pasmada...
- É impossível! Meteoro123 é um rapaz da minha idade. Tem 14 anos e mora em Braga.
O homem sorriu.
- Sei que te disse tudo isso, mas não era verdade...
Repara Susana: há gente, na Internet, que se faz passar por miúdos, não o sendo... eu era um deles!... Mas, enquanto alguns o fazem para molestar crianças e jovens, eu pertenço a um grupo de Pais que o faz para proteger as crianças de malfeitores.
E vim, para te mostrar que é muito perigoso falar com desconhecidos online.
Contaste-me o suficiente, sobre ti, para eu te encontrar facilmente.
Deste-me o nome da tua escola, da tua equipa e a posição em que jogas...
O número e o teu nome, na camisola, fizeram com que te encontrasse com toda a facilidade.
Susana gelou
- Quer dizer que não mora em Braga? - ele riu-se
- Não, moro no Porto. Sentiste-te segura achando que morava longe, não é?...
Tenho um amigo cuja filha não teve tanta sorte: foi assassinada enquanto estava sozinha em casa.
Ensinamos as crianças e jovens a nunca dizerem a ninguém quando estão sozinhos e, porém, contam isso a toda a gente, pela Internet !
Quando as pessoas têm más intenções, enganam, e fazem-se passar por outras para obter as informações de que precisam ... Antes de dares por isso, já lhes contaste o suficiente para que te possam encontrar, sem que te apercebas...
Espero que tenhas aprendido uma lição e que não voltes a fazer o mesmo, de novo.
Conta isto aos teus amigos e colegas, para que também saibam proteger-se .

- Prometo que vou contar. Obrigada.

Fonte: email

Ilustr. Bob on Books/FB

Memórias de tempos passados

Esta imagem fez-me recordar um episódio que a minha mãe contava sobre a sua infância, sempre com um ar de desagrado e, mesmo, de enjoo.
Sendo cinco as crianças lá de casa, em determinada altura do ano e por um período de tempo algo prolongado, eram obrigadas a colocar-se, igualmente, em fila e, um a um, de colher estendida, ia ter com a minha avó que, de pé, os aguardava com um grande frasco de óleo de fígado de
bacalhau (vitaminas) nas mãos, e lhes ia vertendo, nas respectivas colheres, a dose diária que todos, sem excepção, repudiavam. Tudo em nome da saúde e fortalecimento das crianças.

Charlie Brown,"Tirar boas notas", uma mera crítica social

Uma realidade, global, à qual não podemos escapar correndo o risco de, se não apostarmos e investirmos na Educação/formação e valorização académicas dos nossos filhos - na medida das nossas possibilidades, obviamente - os estarmos a condenar ao desemprego e/ou necessidade de sujeição ao nada estimulante mercado de trabalho, no caso de Portugal, e à eterna e crónica mediocridade salarial ...
Um círculo vicioso que vejo difícil de quebrar e para o qual não consigo vislumbrar alternativas. 
Tal como "o amor e uma cabana", uma normal licenciatura e a garantia de trabalho/emprego, não passam de mitos, de sonhos que esbarram na crueza da realidade com a qual nos defrontamos.
Falando em percursos normais e salutares, sem o sempiterno recurso a "cunhas", pois esse é um mundo com consequências desastrosas para todos nós e no qual me não revejo.
É bonita e de louvar, a crítica social envolvida, mas não passa disso mesmo ...
Precisamos que nos apresentem alternativas e soluções de possível concretização.