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Uma estranha cultura de desresponsabilização


Segurança Social nega “responsabilidade financeira” no pagamento de pensões a beneficiários mortos

Há muito que vigora, neste país, uma cultura de desresponsabilização no que diz respeito à gestão da res publica.

Sempre me questionei sobre a utilidade e eficiência dos gestores públicos e a forma como justificam vencimentos e regalias, quando não estão dispostos a assumir as inerentes responsabilidades ...
Só num país de Faz-de-conta, com gente de e que "faz de conta" é que determinados cargos são encarados e aceites como meros rebuçados/prémios em troca de sabem-se lá que favores e intenções...
Provavelmente, não seria dificil resolver este problema se houvesse a intenção e firme propósito de nomear em função de curriculums, competências e declarações de intenções, em detrimento da já estafada e inoperante aposta nas filiações partidárias …

"A Lenda das Amendoeiras em Flor", Algarve



"Há muitos e muitos séculos, antes de Portugal existir e quando o Al-Gharb pertencia aos árabes, reinava em Chelb, a futura Silves, o famoso e jovem rei Ibn-Almundim que nunca tinha conhecido uma derrota. Um dia, entre os prisioneiros de uma batalha, viu a linda Gilda, uma princesa loira de olhos azuis e porte altivo. Impressionado, o rei mouro deu-lhe a liberdade, conquistou-lhe progressivamente a confiança e um dia confessou-lhe o seu amor e pediu-lhe para ser sua mulher. Foram felizes durante algum tempo, mas um dia a bela princesa do Norte caiu doente sem razão aparente. Um velho cativo das terras do Norte pediu para ser recebido pelo desesperado rei e revelou-lhe que a princesa sofria de nostalgia da neve do seu país distante. A solução estava ao alcance do rei mouro, pois bastaria mandar plantar por todo o seu reino muitas amendoeiras que quando florissem as suas brancas flores dariam à princesa a ilusão da neve e ela ficaria curada da sua saudade. Na Primavera seguinte, o rei levou Gilda à janela do terraço do castelo e a princesa sentiu que as suas forças regressavam ao ver aquela visão indiscritível das flores brancas que se estendiam sob o seu olhar. O rei mouro e a princesa viveram longos anos de um intenso amor esperando ansiosos, ano após ano, a Primavera que trazia o maravilhoso espectáculo das amendoeiras em flor."

Praia da Arrifana, Costa Vicentina




  
                                                                                           07.01.2019

Manuais escolares, gratuitidade e reutilização


"Todos os anos, eu e muitas famílias, temos o mesmo problema :
o que fazer, como rentabilizar e dar utilidade aos livros - que tão caros foram! - de que os nossos filhos não precisam mais... Como combater o desperdício nesta área ...
Há países, em que os livros são/eram (África do Sul, por exemplo) fornecidos/emprestados pelas próprias escolas com a condição de, no fim do ano lectivo, serem devolvidos às mesmas nas melhores condições possíveis.
Para além de ser um alívio para as bolsas dos pais, esta política tinha implícita um outro principio - cultivar, entre as crianças e respectivas famílias, a preocupação e o respeito pelos bens alheios que era necessário fossem preservados a fim de continuarem a ser úteis a outros.
Quanto a nós, sem uma cultura de responsabilidade e curriculums adequados às necessidades do dia a dia damo-nos ao luxo de desperdiçar, não só o material de trabalho e investimento nele investido como, também e fundamentalmente, a oportunidade única de, na faixa etária devida, não induzirmos e sensibilizarmos as nossas crianças para noções tão básicas como a necessidade de poupar e de aprender a gerir, de forma inteligente e racional, os parcos recursos de que a maior parte dispõe."
Maria Abreu
09/07/2010


Há 8 anos atrás, em plena crise económica e financeira, ainda tinha um filho a frequentar a escola secundária e manifestei-me num outro blogue sobre o desperdício e irracionalidade que era, todos os anos, vermo-nos obrigados a despender quantias astronómicas na aquisição de novos manuais, enquanto íamos acumulando os livros dos anos anteriores nas prateleiras.
Ainda hoje sofro desse mal!
Entretanto, perante as notícias divulgadas nestas últimas semanas a propósito da discussão e aprovação do OE 2019 e da medida que contempla a extensão da gratuitidade dos manuais escolares a todos os alunos do ensino público até ao 12º ano, confesso ter ficado indignada.
Não pelo facto da gratuitidade em si, mas pela ausência de critérios que justificassem a atribuição de uma tal benesse alargada a toda a população estudantil, em termos de rendimentos familiares.
Insatisfeita com o que me parecia ser, não só uma irracionalidade como uma injustiça, resolvi fazer uma brevíssima pesquisa e hélas ..., feitas as necessárias conexões, acabei por encontrar a explicação e justificação de que estava a precisar para compreender, aceitar e apoiar.

Excerto da Proposta do OE para 2019
Os alunos do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico devolvem os manuais no fim do ano letivo, à exceção das disciplinas sujeitas a prova final de ciclo do 9.º ano;
Os alunos do ensino secundário mantêm em sua posse os manuais das disciplinas relativamente às quais pretendam realizar exame nacional, até ao fim do ano de realização do mesmo.

"A gestão de uma bolsa de manuais escolares, envolvendo a seu depósito nas escolas e posterior redistribuição deverá ser pensada e anunciada pelo governo em tempo útil."

Ignorando se de forma intencional ou por falta de sensibilização para o problema, tem sido esta a informação, complementar e de grande relevo que nos tem sido sonegada, não só pelos meios de comunicação social como por todos aqueles que têm abordado o tema.
Não me coube a sorte, ao tempo, de gozar do privilégio que será uma tal poupança no orçamento familiar de todas as familias!

História ilustrada, "O Século", Abril 1909



Mudam-se os tempos e as vontades mas permanece, inalterável, o poder das ilustrações, enquanto veículos de transmissão e divulgação de ideias e mensagens.
Jornal "O Século" (01 de Abril de 1909)

Alfredo Bruto da Costa, a minha homenagem



13.03.2014

Dados do INE indicam que, em 2012, não só cresceu a taxa de Pobreza como a intensidade da mesma!!! (24.03.2014)

O Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz diz, comentando o pensamento do Papa Francisco:

"(...) a tónica em que o Papa se situa é, fundamentalmente, uma perspectiva ética."

"Não podemos mais confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado"

"(...)Para mim, uma das causas graves da desordem em que se encontra a economia e a sociedade no nosso país e no mundo, é porque as pessoas, há pessoas que acreditam nos principios mas não conhecem que os principios não são um conjunto de ideias avulsas , mas são um conjunto hierarquizado de ideias, de orientações; o que quer dizer que há princípios mais importantes que outros e colocar um princípio menos importante no lugar de um princípio mais importante pode ser tão grave ou mais grave do que ignorar algum princípio...

"(...)o principio da propriedade privada (caro ao pensamento da igreja) não pode contrariar o principio do destino universal dos bens da Terra ... que eles dizem que Deus criou os bens para uso de todos os homens e mulheres..."

"The TRUTH About Ngozi Fulani: Meghan Markle's ...", uma perspectiva a considerar

  Uma análise de conteúdo inteligente, clara e desmistificadora do que pode ter acontecido e, provavelmente, aconteceu.