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Europa, o que leva as companhias de aviação a falirem




Como tenho um filho muito dependente destas companhias low cost, na Europa, interessam-me estes temas e gosto de perceber porque as coisas acontecem.
Encontrei neste vídeo explicações muito plausíveis e que me levaram a querer partilhar a informação a quem, tal como eu, se questiona e quer entender.

Outono


    Art Explorations/FB

Um Outono que, por aqui, não chega mais, que persiste em fazer-se esperar, adiando os ciclos produtivos de quem dele depende para sobreviver, à espera dessa chuva redentora que, sendo fonte de vida, tudo faz renascer e frutificar.

FATACIL, um outro olhar


Longe vão os tempos em que conjugávamos o entusiasmo das férias no Algarve com as datas de eventos específicos, próprios da época estival, e que tinham como objectivo a dinamização da economia local, através da divulgação de diferentes actividades económicas, do que de melhor se produzia, não só a nível regional como, mesmo, nacional.
Mais uma festa a acrescentar à festa que eram as férias no Algarve, a Fatacil tinha características únicas capazes de reunir e congregar, no mesmo evento, não só o artesanato local como, também, o artesanato que se produzia em outros pontos do globo, tal como o que provinha de continentes tão díspares como o africano e o asiático (India), multiculturalidade esta que lhe dava um especial encanto pela diversidade e colorido de que se revestia.
Entretanto, há já uns anos a esta parte que tem vindo a perder o fascínio de outros tempos, desprovida que tem estado das cores, cheiros e sabores que só a diversificação multicultural consegue proporcionar.
Reduzida, agora, a um bastante inferior número de expositores e alheia ao exotismo de então, depende hoje, muito, do programa/cartaz musical que vai tendo para oferecer, de alguns espectáculos de arte equestre e de um considerável número de barracas de comes e bebes.
A principal causa atribuída a este bastante infeliz declínio, no que diz respeito à significativa redução da participação de expositores, dever-se-á à exorbitância dos preços praticados pela organização autárquica, em termos de aluguer de espaços para exposição.

Entretanto, e não resistindo a  parafrasear alguém que me é muito próximo, "à boa maneira portuguesa", tem vindo a aumentar o número de elementos do staff, jovens e adultos curiosamente ligados entre si por relações de parentesco e outras, chegando ao ponto de quase envolver famílias inteiras ...
Resumindo e concluindo a Fatacil, desprovida hoje do encanto, esplendor e genuinidade de outros tempos, por razões de ordem financeira e/ou falta de visão estratégica, ao continuar a trazer legítimos proventos para a autarquia tornou-se, também, de forma pouco criteriosa e algo despudorada, uma fonte de rendimento extra para muitos daqueles que a ela estão associados e suas respectivas famílias.


Naomi Klein, "The Shock Doctrine" (legendado em Português)




"... Apesar da retórica populista acerca de agarrar os peixes gordos para proteger os mais desfavorecidos e salvar a economia real, em detrimento de Wall Street, estamos a assistir a uma transferência de riqueza de tamanho incomensurável. É uma transferência de riqueza por parte de mãos públicas, do governo, recolhida através de gente comum, sob a forma de impostos, para as mãos dos indivíduos e empresas mais ricas do mundo. Não necessito de dizer que são as mesmas pessoas e empresas que criaram esta crise.
Esta crise é claramente entendida, por quase todos, como sendo o resultado directo desta ideologia particular que assenta na desregulação dos mercados e nas privatizações ...
Se queremos respostas a esta crise económica que nos conduzam a um mundo que seja mais saudável, mais justo e mais pacífico, vamos ter de sair à rua e obrigá-los a fazer o que é preciso seja feito."
Naomi Klein

Ronald Coase, "Defender a Economia dos economistas" (2012)



Saving Economics from the Economists
Institute for New Economic Thinking

«A Economia, tal como é actualmente apresentada em livros didácticos e ensinada na sala de aula não tem muito a ver com a gestão de negócios, e ainda menos com o empreendedorismo. É extraordinário e muito infeliz o nível em que a Economia se encontra isolada da actividade económica do dia-a-dia.
Não aconteceu o mesmo no passado. Quando a economia moderna nasceu, Adam Smith imaginou-a como um estudo da "natureza e causas da riqueza das nações."
A sua obra de excelência, "A Riqueza das Nações", foi amplamente lida por homens de negócios, apesar de Smith os ter depreciado de forma aberta e sem rodeios pela sua ganância, falta de visão estratégica e outros defeitos. O livro também provocou e orientou debates entre os políticos relacionados com o comércio e outras políticas económicas. Naquele tempo a comunidade académica era pequena e os economistas tiveram que apelar a um público mais amplo. Também no virar do séc: XX, Alfred Marshall conseguiu manter a economia como, simultâneamente, “um estudo sobre a prosperidade e um ramo do estudo do homem.” A Economia permaneceu relevante para os industriais.
No séc. XX, a economia consolidou-se enquanto profissão; os economistas puderam permitir-se escrever, exclusivamente, uns para os outros. Simultâneamente,esta área sofreu uma mudança de paradigma identificando-se, gradualmente, com uma abordagem teórica da economia (economização/poupança?) e desistindo da economia real enquanto seu objecto de estudo.
Actualmente, a produção é marginalizada na economia e a questão paradigmática centra-se, de forma bastante estática, na distribuição de recursos. Os instrumentos utilizados pelos economistas para analisar as empresas são demasiado abstractos e especulativos no sentido de poderem oferecer qualquer orientação a empresários e gestores, na sua luta constante para oferecer novos produtos aos consumidores a um baixo custo.
Este divórcio entre a economia e a economia do trabalho (produtiva) danificou, severamente, tanto a comunidade empresarial como a disciplina académica. Uma vez que a economia pouco oferece em termos de conhecimentos práticos, tanto os gestores como os empresários dependem, exclusivamente, da sua própria visão de negócios, juízo individual, e regras de ouro na tomada de decisões.
Em tempos de crise, quando os líderes nos negócios perdem a sua auto-confiança associam-se, com frequência, ao poder político para preencher eventuais lacunas. Os governos (poder político) são cada vez mais encarados como a solução final para os difíceis problemas económicos, desde a inovação ao emprego.
A Economia torna-se, assim, num conveniente instrumento usado pelo Estado para fazer a sua gestão económica, em vez de ser um instrumento dirigido ao público no sentido de obter esclarecimentos sobre o modo de funcionamento da mesma. Mas, porque já não está solidamente fundamentada na investigação empírica sistemática do funcionamento da economia,torna-se uma tarefa difícil.
Durante a maior parte da história da humanidade, as famílias e tribos viviam essencialmente da sua própria economia de subsistência; as ligações entre si e o mundo exterior eram ténues e intermitentes. Tudo mudou completamente com a ascensão da sociedade comercial. Hoje, uma economia de mercado moderna, com a sua cada vez mais sofisticada divisão do trabalho, depende de uma rede de negócios constantemente em expansão. Requer uma intrincada teia de instituições sociais para coordenar o funcionamento dos mercados e empresas acima de certos limites.Numa altura em que a economia moderna se está a tornar cada vez mais concentrada em instituições, a redução da Economia à teoria dos preços é muito preocupante. É um suícídio para a disciplina deslizar para a dífícil ciência da escolha, ignorando as influências da sociedade, história, cultura e política, no funcionamento da economia.
É tempo de preencher a severamente empobrecida área da economia com ciência económica.
As economias de mercado que surgem da China, Índia, África e qualquer outro lugar anunciam uma nova era de empreendedorismo e, com ela, oportunidades sem precedência, para os economistas estudarem como a economia de mercado resiste em sociedades com culturas, instituições e organizações tão diversas e diversificadas.
Mas só haverá conhecimento se a economia for reorientada para o estudo do homem tal como é e do sistema económico tal como existe actualmente.»
Dez./2012

Ronald Coase is a Nobel laureate in economics and a professor emeritus at the University of Chicago Law School. He is launching a new journal, Man and the Economy, with Ning Wang of Arizona State University, who contributed to this column.

Tradução e adaptação
Maria Abreu 

Fair Trade / Comércio Justo II


Comércio Justo é uma parceria comercial que procura contribuir para um desenvolvimento sustentável, assente numa maior justiça e igualdade nas trocas comerciais internacionais e que visa, sobretudo, a defesa dos interesses dos produtores e trabalhadores dos países em vias de desenvolvimento.


Google source

São múltiplos os benefícios contemplados pela realização de um Comércio Justo:
*O pagamento de salários mais justos aos trabalhadores, de acordo com o salário médio praticado na região e pagando preços justos aos produtores, de forma a assegurar a cobertura de todos os seus custos;
*Envolvendo os produtores nos processos de decisão e de controle da qualidade dos seus produtos;
*Envolvendo os produtores em projectos comunitários, tais como a promoção de cuidados de saúde e abastecimento de água;
*Construindo relações comerciais duradoras;
*Promovendo a igualdade entre homens e mulheres, tanto ao nível de salários como de condições de trabalho;
*Procurando prevenir a exploração do trabalho infantil;
*Promovendo e protegendo os "direitos humanos";
*Sensibilizando os consumidores, através de campanhas que realcem os elevados custos que as sociedades em vias de desenvolvimento pagam com a prática do comércio injusto e apelando a mudanças, não só de regras como, também, de atitudes.
O Comércio Justo, ao ajudar produtores e trabalhadores a providenciar a sua própria subsistência, contribui para a prevenção da condição de Pobreza a que, de outra forma, estariam condenados. Através da difusão desta prática providenciam alimentos, habitação, educação e cuidados de saúde às suas famílias. 

Num mundo cada vez mais dominado pelo culto da imagem e das aparências e em sociedades que, tudo leva a crer, estão cada vez mais alienadas e afastadas de actos tão simples como o de pensar, questionar, reflectir, procurar a essência das pessoas e das coisas, por vezes surge uma necessidade enorme de procurar dar a conhecer e/ou recordar que, para alimentar a ganância de uns poucos e dar satisfação à superficialidade de tantos, muitos outros, milhões de adultos e crianças são impedidos de aceder a direitos tão básicos como a educação, a saúde e todos os outros que nos limitamos a papaguear, sobrevivendo em condições de vida miseráveis, muito abaixo do limiar da pobreza e privados da dignidade que lhes deveria assistir. 😢😣

Globalização, a quanto obrigas!...




«Excerto de um documentário austríaco, de altíssimo nível, essencial para entendermos o mundo em que vivemos na óptica financeira internacional.
Dos mesmos criadores do documentário "We Feed the World".
Apesar do velho discurso feito pelos neoliberais de que a globalização traria benefícios para todos os países, ajudando a reduzir a pobreza no 3° Mundo, o que de facto se viu foi um aumento desenfreado da miséria, em que o salário de um indivíduo geralmente mal cobre uma pobre subsistência.
O documentário mostra as chamadas "economias emergentes" por dentro, na perspectiva dos grandes investidores, bem como o quotidiano miserável dos homens, mulheres e crianças trabalhadoras nesses países.
Mostra também a ideologia subjacente ao Consenso de Washington (responsável pelas políticas liberais que moldaram o actual mundo económico-financeiro) assim como os mecanismos de funcionamento das modernas formas de colonização, como o FMI e o Banco Mundial, contribuindo para perpetuar a injusta dívida dos países mais pobres em troca dos seus recursos naturais.»
Favonom

"Indians pay their taxes, taxes are collected by the government in form of sales tax, revenue tax, water tax, electricity tax, property tax and so many other taxes that are collected by the government, but this revenue is given to the foreign investors in form of grants.
And the government lacks the Money to take care of the Social Welfare of the people …"

Fez-me lembrar Portugal e, entre outras, a política dos Vistos Gold ...

O documentário original, de 108 minutos, explicava também o que eram os paraísos fiscais, por onde passava a maioria do capital financeiro para encobrir os donos corruptos.
Mostra uma das faces da nova escravatura moderna já que, pelas notícias veiculadas nas últimas semanas relacionadas com uma investigação em curso, a propósito de uma rede internacional de tráfego de crianças com intuito de as explorar sexualmente, envolvendo uma suposta elite global , existem outras faces de escravatura tão mais horrendas quanto inacreditavelmente malignas e inconcebíveis, que põem em causa não só padrões de cultura, como o próprio desenvolvimento social e humano e, sobretudo, o conceito de sanidade mental em vigor ... 
Algo de muito errado se está a passar neste mundo e com as supostas e endinheiradas "elites" que o vão governando e manipulando, até um dia … 
Porque acredito que a Mãe Natureza é soberana, que nada nem ninguém a pode dominar e, muito menos afrontar, vou sobrevivendo como posso.

Em busca do bem comum



"And that´s the tragedy:
optimising for the self, in the short-term, isn´t optimal for anyone, in the long term."

Alfredo Bruto da Costa, a minha homenagem



13.03.2014

Dados do INE indicam que, em 2012, não só cresceu a taxa de Pobreza como a intensidade da mesma!!! (24.03.2014)

O Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz diz, comentando o pensamento do Papa Francisco:

"(...) a tónica em que o Papa se situa é, fundamentalmente, uma perspectiva ética."

"Não podemos mais confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado"

"(...)Para mim, uma das causas graves da desordem em que se encontra a economia e a sociedade no nosso país e no mundo, é porque as pessoas, há pessoas que acreditam nos principios mas não conhecem que os principios não são um conjunto de ideias avulsas , mas são um conjunto hierarquizado de ideias, de orientações; o que quer dizer que há princípios mais importantes que outros e colocar um princípio menos importante no lugar de um princípio mais importante pode ser tão grave ou mais grave do que ignorar algum princípio...

"(...)o principio da propriedade privada (caro ao pensamento da igreja) não pode contrariar o principio do destino universal dos bens da Terra ... que eles dizem que Deus criou os bens para uso de todos os homens e mulheres..."

"The TRUTH About Ngozi Fulani: Meghan Markle's ...", uma perspectiva a considerar

  Uma análise de conteúdo inteligente, clara e desmistificadora do que pode ter acontecido e, provavelmente, aconteceu.