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Lori Nix, uma visão pós-apocalíptica


   Lori Nix, "Library" (2007)

"(...)The City postulates what it would be like to live in a city that is post man-kind, where man has left his mark by the architecture, but mother nature is taking back these spaces. Flora, fauna and insects mix with the detris of high and low culture."
Lori Nix

Esta composição fez-me recordar uma citação de António Gramsci que, apesar do tempo e mutações que entretanto decorreram e num outro contexto muito mais global, abrangente e quase apocalíptico, me parece de uma assustadora actualidade (vide Neo-Gramscianism)

"The old world is dying, and the new world struggles to be born: now is the time of monsters."
António Gramsci

Robert Castel, "As metamorfoses da questão social"



Como definir o que se designa por "social"?
"Esquematicamente, social é um conjunto de intervenções, acções não económicas que não obedecem à lógica do mercado, mas que têm por objectivo tentar contrabalançar os efeitos indesejáveis e perniciosos de um funcionamento automático do mercado (...)"
Robert Castel

Zygmunt Bauman (2009), continuando a beber na fonte


Viver entre uma infinidade de valores, normas e estilos de vida em competição, sem uma garantia firme e confiável de estarmos certos, é perigoso e implica um elevado preço, em termos psicológicos”.
Zygmunt Bauman (1925-2017)


"Zygmunt Bauman es sociólogo y filósofo polaco. Es uno de los pensadores más representativos de la actual crítica de la cultura, Tras la invasión nazi, su familia se refugió en la zona soviética y Bauman se alistó en el ejército polaco, que liberaría su país junto a las tropas soviéticas. Fue miembro del Partido Comunista hasta la represión antisemita de 1968; la consiguiente purga le obligó a abandonar su puesto como profesor de filosofía y sociología en la Universidad de Varsovia. Desde entonces ha enseñado sociología en Israel, Estados Unidos y Canadá. Es profesor emérito en la Universidad de Leeds. Su pensamiento se ha movido desde la especificidad del análisis del movimiento obrero hasta la critica global de la modernidad. Es autor de una obra abundante, entre la que se encuentran libros fundamentales de la sociología contemporánea como La vida líquida, Vida consumo, El arte de la vida, Miedo líquido, y tantas otras obras."

Arquivo de Opinião, O capitalismo do Ego


Acabo por chegar à conclusão de que, apesar de já terem alguns anos, muitos dos artigos de opinião que fui guardando,  pela pertinência que neles via, se mantêm de uma actualidade quase perturbardora, tendo em atenção o tempo entretanto decorrido.
Muito embora tendo em atenção o facto de terem sido produzidos por reputados académicos, continuam a não deixar de surpreender tal a acutilância das análises dos temas sobre os quais se debruçam.
Este é um artigo de Opinião publicado no EL PAÍS a 25 Feb 2013, de Ulrick Beck, Sociólogo e Professor na LSE e Universidade de Harvard.

El capitalismo del ego engendra monstruos
ULRICH BECK

"Nadie cree ya en nada, solo en lo que cada uno quiere: de ahí se deriva la desconfianza de todos frente a todos. La ceguera del Fausto digital ha dado origen a una crisis europea que cuestiona el núcleo del sistema"

«Sobre el homo oeconomicus,la ideología neoclásica o neoliberal está todo dicho, si bien no por parte de todos. Ya el poeta favorito de Alemania, Goethe, predijo en 1832 en su drama Fausto el dominio universal del dinero… ¡Y en verso! Sin embargo, a comienzos del siglo XXI tenemos que añadir algo esencial, nuevo y original: el Fausto digital, o más exactamente: el atrevimiento y ceguera fáusticos del capitalismo del ego...»

«(...)Nadie cree ya en nada, solo en lo que uno quiere. De ahí se deriva la desconfianza de todos frente a todos, de la que el mal se alimenta en todas partes. Aquí tenemos la paradoja: en un momento histórico en el que las instituciones del Estado de bienestar, los mercados financieros y la relación con el entorno natural sufren una crisis fundamental, surgen las “egomónadas”. Su funcionalidad no solo estriba en ocultar frente a otros las consecuencias de la propia acción. Más bien han de interpretarse como estrategias de evitación del riesgo en un mundo de riesgos globales: como una sociopatología del capitalismo del ego...»

«(...)Ante nosotros se abre el nuevo mundo de la manipulación digital del alma. Innumerables agentes digitales, con frecuencia completamente estúpidos, están tan fascinados con sus ideas que no se dan cuenta en absoluto de cómo, a partir de los ingredientes de egoísmo, codicia y capacidad de engañar, surgen monstruos. Entre ellos, monstruos políticos. La política de ahorro con la que Europa responde en este momento a la crisis financiera desencadenada por los bancos es percibida por los ciudadanos como una monstruosa injusticia. Son ellos quienes tienen que pagar con la moneda contante de su existencia por la ligereza con la que los bancos han pulverizado sumas inimaginables. Sin embargo, quienes se dedican a entender al capital, los hermeneutas de los monstruos, han desarrollado un lenguaje curiosamente terapéutico. Los mercados son “tímidos” como cervatos, afirman. No se dejan “engañar”. Pero los verdugos económicos, denominados “agencias de calificación de riesgos”, que también rinden tributo a la religión terrenal de la maximización del beneficio, basándose en las leyes del capitalismo del ego emiten juicios que alcanzan a Estados enteros en el corazón de su ser económico: a Italia, España o Grecia.

«Los riesgos globales son una especie de recordatorio colectivo forzoso de que el potencial de aniquilación al que nos hemos expuesto incluye nuestras decisiones y nuestros errores. Estas impregnan todos los ámbitos de la vida, pero al mismo tiempo abren nuevas oportunidades de transformación del mundo. Es la paradoja en virtud de la cual los riesgos globales dan aliento a la acción. En ello estriba la opción europea: plantear sistemáticamente la pregunta de qué alternativas hay al capitalismo digital del ego. La pregunta de cómo, mediante una Europa distinta, es posible más libertad, más seguridad social y más democracia.»

*sociólogo y profesor de la London School of Economics y de la Universidad de Harvard.

Noam Chomsky, O Linguísta, filósfo, sociólogo, activista ... o socialista libertário



Socializar custos e riscos e privatizar os lucros

Um principio básico do moderno capitalismo de Estado é o de que os custos e riscos sejam socializados, até ao limite possível, enquanto os lucros são privatizados."


A arte de como manter um povo passivo e obediente.

Da Servidão Moderna, Documentário de 2009




"A servidão moderna é uma escravidão voluntária, consentida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles próprios compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais. Eles próprios procuram um trabalho cada vez mais alienante que lhes é concedido generosamente se se mostrarem suficientemente sensatos. Eles mesmos escolhem os mestres a quem deverão servir. Para que esta tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e de sua alienação. Aí está a estranha modernidade da nossa época. Contrariamente aos escravos da antiguidade, aos servos da Idade média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada,que o desconhece, ou melhor, não quer saber. Eles ignoram, assim, a revolta que deveria ser a única e legítima reacção dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que se construiu para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça ..."

"... No sistema económico dominante, já não é a procura que determina a oferta, mas a oferta que determina a procura.
É assim que, periodicamente, novas necessidades são criadas e rapidamente consideradas vitais pela imensa maioria da população.
Foi primeiro o rádio, depois o carro, a televisão, o computador e, agora, o telemóvel.
Todas estas mercadorias distribuídas massivamente, num curto espaço de tempo, modificam profundamente as relações humanas. Servem, por um lado, para isolar um pouco mais os homens dos seus semelhantes e, por outro, para difundir as mensagens dominantes do sistema..."

Zygmunt Bauman, "Bringing together the tasks and means"



"Living in times of interregnum - or on the  discordance of tasks and means", lecture

Um dos meus gurus nos últimos anos.
Admirável mundo novo … este que nos concede o privilégio, apenas reconhecido pela minha geração e por gerações próximas da minha, de podermos ter acesso ao que de melhor (e também de pior!) se vai passando por esse mundo fora, à simples distância de alguns clicks!...
Introdutor do conceito de "Modernidade líquida", debruçou-se sobre temas tais como a Globalização, a sociedade de consumo pós-moderno, a moral e todas as questões relacionadas com as incertezas com as quais somos confrontados, actualmente.
Nesta conferência ele apela à necessidade, por parte das novas gerações, de darem um sentido à actividade humana e lhe devolverem a coerência de que precisa para progredir de forma equilibrada.

Arquivo de Opinião: A propósito do clientelismo



Na senda do exercício de recolha, seleção e divulgação de conteúdos escritos que foram alvo da minha atenção ao longo dos anos e olhando de relance para o arquivo de artigos de opinião que fui publicando e guardando noutros espaços que não este, apeteceu-me "repostar" este artigo publicado no jornal "El País", em 28.03.2013.
E a razão é tão simples como transparente:
há comportamentos sociais e hábitos culturais que nem os anos, nem as fronteiras (pelo menos no que diz respeito à latinidade dos países envolvidos) conseguem esbater ou alterar, mudando mentalidades e vícios culturais perniciosos para a saúde das sociedades com aspirações democráticas.


Cesar Garcia Muñoz*, 28.03.2013

"En sociedades com frágiles mecanismos democráticos, al individuo sin capital social no le queda más remedio que conectarse a redes de influencia buscando atajos para superar sus carencias. Y se impone la corrupción."

"El viejo sueño de que la pertenencia a Europa impondría unos estándares en los que regiría la razón y la legalidad en nuestra sociedad parece haberse desvanecido. Ni siquiera la dictadura de la eficacia que parecía traer aparejada la globalización ha logrado alterar el sistema de relaciones que rige en nuestras instituciones. Desafortunadamente, como afirma el politólogo italiano Caciagli, el clientelismo tiene raíces profundas. Implica “un lenguaje, unos ritos, unos valores y símbolos, pautas de comportamiento y redes de relaciones aceptadas por una comunidad que comparte una mentalidad”. Se adapta bien a la mentalidad posmoderna siempre en búsqueda de soluciones flexibles orientadas a satisfacer las necesidades individuales, al declive de las ideologías, a la fuerza de lo local y a la personalización de la política. El cerrojo está bien echado y sus beneficiarios lo saben."

*profesor en la Universidad Pública del Estado de Washington

Edgar Morin, l´ère planetaire


"... encontramo-nos na nave espacial Terra..."

Apelo à necessidade de desenvolver a compreensão humana e de encarar a incerteza como um dado adquirido com o qual temos de aprender a conviver.

Francesco Alberoni, "O silêncio dos intelectuais e a sociedade bárbara"


«Começo a estar cansado de ver apontar publicamente como modelos, multimilionários que ostentam a sua riqueza, aldrabões que vivem de intrigas, analfabetos que as pessoas tomam como exemplos de saber e bom senso, políticos que só sabem lamentar-se, incapazes que são de analisar de forma rigorosa a realidade político-social. E além disso tenho saudades de ouvir falar com profundidade e saber os grandes estudiosos, os grandes intelectuais.
Ainda há não muito tempo as pessoas tinham respeito pela alta cultura, pelos grandes filósofos, pelos grandes cientistas. Nos anos 70, portanto há relativamente pouco tempo, qualquer licenciado lia e era capaz de citar filósofos como Kant ou Hegel, sociólogos como Weber ou Pareto, psicólogos como Freud ou Jung. Quase todos os políticos da Primeira República italiana eram pessoas muito cultas, muitos deles professores universitários. Na mesma época havia empresários, como Olivetti ou Pietro Barilla, que se rodeavam de homens de cultura, de grandes artistas, o que não os impedia de criar empresas internacionais de envergadura. As grandes figuras da cultura apareciam nos jornais, na rádio, na televisão.
Hoje as coisas já não são assim. Há um círculo mediático que é formado por pessoas que se convidam umas às outras, que se elogiam entre elas, que fazem a festa sem precisar de ajudas de fora. Pensemos no luto por Pietro Taricone, o actor do "Big Brother" italiano morto recentemente. Mas quem fez na televisão a homenagem a personalidades como Alessandro Bausani, Norberto Bobbio, Lucio Colletti, Franco Modigliani, Mario Luzi, Sergio Cotta, Elémire Zolla, Pietro Cascella, Giò Pomodoro? Em Itália há uma grande criatividade e uma oferta imensa de livros, filmes e espectáculos, mas falta o sentido da ordem, da hierarquia, da avaliação equilibrada das personalidades e dos valores. As escolhas são superficiais, resultantes de um marketing grosseiro e muitas vezes da corrupção.
As elites do saber renunciaram a educar o público, a reflectir e a escolher. A cultura, a ciência, o estudo da alma humana exigem tranquilidade, profundidade, o reconhecimento dos próprios erros e qualidades como o respeito e a humildade.
No entanto, hoje já não estamos acostumados à reflexão e à argumentação rigorosa; preferimos a conversa fiada e as piadas fáceis. Tudo desencoraja a alta cultura, os projectos ambiciosos a longo prazo, a verdadeira vida do espírito. Estou convencido de que, se a sociedade enfrenta dificuldades, isso acontece também em resultado desta perda de espessura, de moral e de seriedade intelectual. Parece-me que está na altura de as elites culturais de esquerda ou de direita retomarem o seu verdadeiro papel, a sua responsabilidade educacional, e porem um travão na degradação intelectual da vida pública.»

Ionline, Março 2010
Republicado pela notável actualidade e desastrosa persistência no erro. 

Robert Castel, "La société du précariat"


Robert Castel, criador da expressão/conceito sociedade do precariado (contracção dos termos precaridade e salariado) que, pouco a pouco, se tem vindo a impor aos dependentes da sociedade salarial. Esta última caracterizava-se, não só pela garantia de um determinado "status" como, também, por algumas condições de segurança e protecção dos trabalhadores. Com este novo tipo de sociedade - sociedade do precariado - assistimos à emergência de trabalhadores pobres, incapazes de proporcionar condições de vida decente às suas famílias, desemprego em massa, com os trabalhadores sob a constante ameaça de perda dos seus postos de trabalho, mergulhados numa assustadora insegurança social.


"The TRUTH About Ngozi Fulani: Meghan Markle's ...", uma perspectiva a considerar

  Uma análise de conteúdo inteligente, clara e desmistificadora do que pode ter acontecido e, provavelmente, aconteceu.